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LEAN: Flexibilidade e adaptabilidade o nome do jogo

LEAN: Flexibilidade e adaptabilidade o nome do jogo

March 2020

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O mundo empresarial e organizacional aposta atualmente, em uma estrutura mais lean ou leve; deixando para trás o modelo tradicional onde prevalecia as hierarquias e o domínio absoluto do chefe.  Ou seja, as empresas e organizações se deparam com um mercado que tem passado por mudanças vertiginosas nos últimos vinte anos, principalmente no âmbito tecnológico. De fato, a International Data Corporation (IDC) prevê para 2024: “que um terço das empresas dependerão de um espaço de trabalho digital global, seguro, inteligente, altamente integrado e colaborativo, que permita às empresas, funcionar como organizações sem fronteiras”. Somado a isso, as novas gerações que se integram à força-tarefa aspiram priorizar a sua experiência profissional sem esquecer o tempo livre e a educação, equilibrando assim a sua vida pessoal com as atividades de trabalho; ou seja, buscam políticas mais flexíveis nas empresas.

Diante deste cenário, quando a vida média de uma empresa no século passado era de sessenta anos e no XXI, apenas consegue atingir os dezoito anos, as empresas com estruturas lean sabem que devem inovar e se adaptar diante da nova realidade para manter a sua competitividade no mercado.  Uma organização que decida manter a sua estrutura rígida e autoritária nos tempos atuais está destinada ao fracasso: “o principal benefício deste tipo de empresa é a maior rapidez na capacidade de resposta que a organização tem para enfrentar os desafios do mercado, e o maior grau de participação e comprometimento dos funcionários no resultado final. A autonomia é um fator de motivação para muitas pessoas e estes modelos estão essencialmente baseados em contar com pessoas capacitadas e autônomas”, explicou Hernán Valcarce, VP de RH da América Latina e Norte da Danone. A partir daí, tem sido determinante o impacto da cultura lean, no momento de definir os novos paradigmas de trabalho.

Lugares criativos

Os escritórios já não são aqueles cubículos fechados onde seus funcionários permaneciam isolados o dia todo. Agora planeja-se o mobiliário para que possa existir uma maior comunicação e criatividade entre todos aqueles que fazem parte do processo.  A pioneira neste conceito foi a empresa Google. Foi a partir daí que as organizações começaram a se preocupar em criar ambientes de trabalho com melhor iluminação, ventilação, mobiliário, temperatura e espaços para entretenimento, como academias, áreas de jogos, refeitórios, cafés, entre outros.  Contudo, isso não garante o sucesso de uma empresa, pode-se criar um ambiente mais saudável, criativo e positivo, mas se não se cria um sistema de valores e cultura onde o pessoal seja o centro, de nada vai servir um espaço confortável.

Em relação a esta questão, as empresas se preocupam em cumprir os parâmetros para obter a certificação Well (Well Building Standard), um sistema que nasceu nos Estados Unidos, no ano de 2014, e que permite medir as características dos espaços de trabalho e seu impacto na saúde e bem-estar do trabalhador; ou seja, o certificado Well avalia se uma empresa é ou não saudável.

Home office

Sendo o termo traduzido literalmente como trabalhar em casa, graças à tecnologia, qualquer pessoa pode trabalhar a partir de qualquer lugar, e não necessariamente na empresa.  De fato, conforme dados obtidos pela consultora Frost & Sullivan, nos próximos anos, 35% da população realizará o trabalho em casa. Esta modalidade de trabalho permite as companhias economizar custos com processos operacionais. O funcionário, por sua parte, planeja melhor o seu tempo e produtividade, além de minimizar as despesas de transporte e alimentação, principalmente em cidades com grandes problemas de mobilidade.

Sobre o impacto das novas formas de trabalho nas organizações lean, Miguel Ángel Sánchez Cervantes, Líder de RH da General Motors México, afirmou: “inicialmente, o custo de uma estrutura hierárquica vertical é muito maior; por outro lado, a efetividade gerencial não só na execução, mas na tomada de decisões, beneficia-se disso. As novas formas de trabalho propiciaram menos rigidez não só na estrutura, mas também nos espaços de trabalho sem hierarquias, abertas, colaborativas, dinâmicas e porque não, divertidas, que promovem o apego à cultura do negócio”.

Nas organizações lean que incluíram a modalidade home office  graças a economia digital, modificaram radicalmente os horários e existe preocupação em cumprir horas, mas sim objetivos e metas, permitindo assim ao trabalhador, maior flexibilidade e compromisso com as suas tarefas. Vale destacar, que em uma pesquisa realizada pela Citrix, somente 40% das empresas na América Latina proporcionam opções flexíveis de trabalho aos seus funcionários; também, existe cada vez mais a preocupação de incluir esta modalidade nas leis do trabalho, como ocorreu recentemente no México.

Funcionários com perfil mais soft

Em uma empresa lean buscam-se perfis de trabalho mais transversais, versáteis, levando em consideração não só a preparação acadêmica do candidato, mas são avaliadas também as suas atitudes  ou seja, em um currículo, avaliam o soft (características pessoais) e o hard skill (conhecimentos técnicos. As primeiras, estão relacionadas com a inteligência emocional, a capacidade de comunicação, a liderança e a gestão do tempo. Em relação ao hard skill, refere-se aos conhecimentos técnicos que o funcionário possui na sua atividade ou ofício. Muitas vezes, são as competências pessoais que permitem aproveitar ao máximo a experiência e os conhecimentos técnicos.

Sobre a questão, Valcarce, especialista em recursos humanos, opina: “Neste tipo de modelo é indispensável conhecer profundamente as competências de cada funcionário, em função de  terem que gerenciar um nível de autonomia bem superior ao de uma organização tradicional. Hoje, o mais importante são as dimensões humanas: autonomia, iniciativa para tomar risco medidos e abertura à mudança. Os conhecimentos técnicos, na maioria dos casos, podem ser desenvolvidos com capacitação específica”.

Um exemplo disso, é a empresa General Motors, que inclui na sua cultura corporativa, propiciar a seus funcionários valores de interação, colaboração e trabalho em equipe: “quando buscamos novos profissionais buscamos  comprometimento, capacidade na tomada de decisões, execução assertiva e independência”. Explicou Miguel Ángel Sánchez Cervantes, Líder de RH da General Motors México.

Então, a principal vantagem competitiva que terá um profissional que aspirar trabalhar no futuro em uma empresa lean, além da preparação acadêmica, será a sua criatividade e forma de se relacionar com os outros, assim como a sua capacidade de trabalhar em equipe para a consecução das metas.

A tecnologia, grande aliada

Sem sombra de dúvida, a tecnologia tem sido a plataforma que permitiu a consolidação das organizações lean. Estas mudanças podem ser observadas na criação de novas formas de trabalho, apps para otimizar os projetos e a tomada de decisões, sistemas informatizados para automatizar os tempos em processos (que antes eram burocráticos), plataformas para trabalhar sem importar as fronteiras, programas para gerenciar grandes volumes de dados, maior comunicação com os clientes ou usuários através das redes sociais e o indiscutível avanço da inteligência artificial: “o emprego viverá mudanças de grande abrangência em um futuro próximo. O trabalho do amanhã exigirá um conhecimento profundo da tecnologia, que permitirá aos funcionários compreender o raciocínio e os requisitos de outros atores do sistema, misturando habilidades como: conhecimento geral, habilidades interpessoais e habilidades específicas para cada contexto”, afirmou Jesús Araújo, CEO da Cegos Espanha e América Latina.

Finalmente, os avanços tecnológicos deste século, que alguns chamaram de quarta revolução industrial, contribuíram para uma melhor gestão dos recursos materiais e humanos de uma empresa, sendo esta, de alguma forma, uma geração mais produtiva e hiperconectada.

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